domingo, 10 de fevereiro de 2013

A LINDA ROSA JUVENIL

A escola da Vila Stersul, em  Lages, ficava em frente nossa casa. E naquele dia, da janela da nossa casa, eu, minha mãe e minhas 3 irmãs assistimos uma encenação, com caracterização, feita pelos alunos da escola da música "A Linda Rosa Juvenil".


A linda rosa juvenil, juvenil, juvenil
A linda rosa juvenil, juvenilVivia alegre em seu lar, em seu lar, em seu larVivia alegre em seu lar, em seu lar
E um dia veio uma bruxa má, muito má, muito má
Um dia veio uma bruxa má, muito má
Que adormeceu a rosa assim, bem assim, bem assim
que adormeceu a rosa assim, bem assim
E o tempo passou a correr, a correr, a correr
E o tempo passou a correr, a correr
E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor
E o mato cresceu ao redor, ao redor
E um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei
E um dia veio um belo rei, belo rei
Que despertou a rosa assim, bem assim, bem assim
que despertou a rosa assim, bem assim
Batemos palmas para o rei, para o rei, para o rei
batemos palmas para o rei, para o rei


No final da apresentação, a professora se aproximou da nossa janela, e deu um balão para minha irmã Bel.
Eu achei aquela leve bola muito linda e, aquele momento, ficou para sempre registrado na minha memória. 
Queria ter ganho um balão também,mas não ganhei e para superar aquele desejo, não realizado,quando me tornei professora procurei dar "muitos" balões aos meus alunos.

   

O TERÇO

O senhor Pantaleão, para aproximar nossa famílias aos moradores da vila programou um terço em nossa casa, que foi conduzido pela minha mãe.'

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A NOVA MOBÍLIA

E como ficaria nossa nova casa? Não tínhamos mesa, cadeiras, armário para guardar louças. O que fazer?
Meu pai comprou 4 cadeiras de palha. E o muitos móveis ele mesmo fez com madeira, para adaptar a pequena casa.

CASA PRÉ-FABRICADA

A casa que fomos morar em Lages era pré-fabricada. Era cheia de parafusos. Cada vez que a Stersul mudasse de cidade as casas eram desmontadas e levadas para o novo destino. Não lembro quantas casas tinha, mas elas formavam uma "vila", com uma única rua. Nesta vila tinha a pensão para os homens que não tinham família, o escritório da firma e uma escola. As casas eram todas brancas. Não tinha banheiro, tinha uma patente para cada casa. O banho era de bacia. Usava-se o pinico a noite. Tinha uma torneira de água na rua para cada casa. Para lavar a louça carregava-se o balde com água para a cozinha da casa. A casa tinha dois quartos, uma sala e uma cozinha. Lavava-se a roupa no tanque.

A MUDANÇA PARA LAGES

O ano era 1966. Meu pai era operador de máquina e começou a trabalhar na Stersul S/A que era uma firma de engenharia civil de Porto Alegre, que construía rodovias e estava em Lages com esta finalidade em Lages. Morávamos em Laguna e, meu pai  resolveu nos levar para Lages. Meu pai e minha mãe levaram poucas coisas na mudança. Venderam todos os nossos móveis: cristaleira, cômoda, mesas, cadeiras, camas, armário. Só levaram: um guarda-roupa, a geladeira e o fogão a gás, pois a casa que íamos morar era muito pequena e não cabia nada.

    

O ACIDENTE DA TITA

Em 1965, fomos morar em Laguna. Meu pai tinha comprado a casa do tio um Maneca (Manoel). No dia, que lá chegamos fomos tomar o café matutino, na casa da Vó Rosa. Após tomarmos o café, eu e minha irmã Tita resolvemos voltar para casa. No caminho, apareceu  um calhambeque, que ao nos ver apertou a buzina para que saíssemos do meio da estrada. A minha irmã ficou tão apavorada que atravessou   na frente carro e foi atropelada. O homem, que era conhecido como Teco-Teco, ficou apavorado. Pegou a Tita nos braços e a levou até a casa da Vó Rosa, pois disse que viu uma num lado da estrada e não viu a outra atravessar na frente do carro. O homem ficou confuso, pois minha mãe nos vestia igual, como se fossemos gêmeas. Está explicada a confusão? Nada aconteceu com minha irmã, mas levemos um grande "pito" da minha avó e dos meus pais por termos saído escondidas sem avisar.

O RANCHINHO DA VÓ ROSA

O ranchinho (paiol), da Vó Rosa, para mim era mágico. Tinha muita coisa interessante: uma boneca de louça, que andava e e um jogo de sala que eram da Tia Tereza; um baú com muitas revistas de fotonovela e de música. No baú a coisa mais valiosa e linda, que meus olhos de criança encontrou foi o livro "A lenda da Via Láctea. Até hoje, desde 1965, tenho este livro comigo, e eu nem sabia ler ainda.