segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A NOVA MOBÍLIA

E como ficaria nossa nova casa? Não tínhamos mesa, cadeiras, armário para guardar louças. O que fazer?
Meu pai comprou 4 cadeiras de palha. E o muitos móveis ele mesmo fez com madeira, para adaptar a pequena casa.

CASA PRÉ-FABRICADA

A casa que fomos morar em Lages era pré-fabricada. Era cheia de parafusos. Cada vez que a Stersul mudasse de cidade as casas eram desmontadas e levadas para o novo destino. Não lembro quantas casas tinha, mas elas formavam uma "vila", com uma única rua. Nesta vila tinha a pensão para os homens que não tinham família, o escritório da firma e uma escola. As casas eram todas brancas. Não tinha banheiro, tinha uma patente para cada casa. O banho era de bacia. Usava-se o pinico a noite. Tinha uma torneira de água na rua para cada casa. Para lavar a louça carregava-se o balde com água para a cozinha da casa. A casa tinha dois quartos, uma sala e uma cozinha. Lavava-se a roupa no tanque.

A MUDANÇA PARA LAGES

O ano era 1966. Meu pai era operador de máquina e começou a trabalhar na Stersul S/A que era uma firma de engenharia civil de Porto Alegre, que construía rodovias e estava em Lages com esta finalidade em Lages. Morávamos em Laguna e, meu pai  resolveu nos levar para Lages. Meu pai e minha mãe levaram poucas coisas na mudança. Venderam todos os nossos móveis: cristaleira, cômoda, mesas, cadeiras, camas, armário. Só levaram: um guarda-roupa, a geladeira e o fogão a gás, pois a casa que íamos morar era muito pequena e não cabia nada.

    

O ACIDENTE DA TITA

Em 1965, fomos morar em Laguna. Meu pai tinha comprado a casa do tio um Maneca (Manoel). No dia, que lá chegamos fomos tomar o café matutino, na casa da Vó Rosa. Após tomarmos o café, eu e minha irmã Tita resolvemos voltar para casa. No caminho, apareceu  um calhambeque, que ao nos ver apertou a buzina para que saíssemos do meio da estrada. A minha irmã ficou tão apavorada que atravessou   na frente carro e foi atropelada. O homem, que era conhecido como Teco-Teco, ficou apavorado. Pegou a Tita nos braços e a levou até a casa da Vó Rosa, pois disse que viu uma num lado da estrada e não viu a outra atravessar na frente do carro. O homem ficou confuso, pois minha mãe nos vestia igual, como se fossemos gêmeas. Está explicada a confusão? Nada aconteceu com minha irmã, mas levemos um grande "pito" da minha avó e dos meus pais por termos saído escondidas sem avisar.

O RANCHINHO DA VÓ ROSA

O ranchinho (paiol), da Vó Rosa, para mim era mágico. Tinha muita coisa interessante: uma boneca de louça, que andava e e um jogo de sala que eram da Tia Tereza; um baú com muitas revistas de fotonovela e de música. No baú a coisa mais valiosa e linda, que meus olhos de criança encontrou foi o livro "A lenda da Via Láctea. Até hoje, desde 1965, tenho este livro comigo, e eu nem sabia ler ainda.

sábado, 12 de maio de 2012

TÂNIA VALESKA COELHO MARINHO

Tânia Valeska sempre será a pessoa mais maravilhosa com quem já trabalhei. Pessoa com uma grandeza espiritual, que igual, só conheci duas em minha caminhada nesta vida, ela e minha mãe. Tânia ensinou-me muitas coisas enquanto trabalhamos juntas: paciência, sabedoria, cautela, tolerância... Ela terá sempre um lugar reservado em meu coração. Espero que seu filho lhe dê muita alegria, amiga!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A CASA DA VÓ ROSA E DO VÔ ROSALINO - LAGUNA

Vó Rosa e Vô Rosalino e suas netas: Erica, Elaine e Gisele.
Foto - Vó Rosa, Vô Rosalino e minhas primas Ericka(maior), Elaine (média), Gisele (menor).
         

A casa da vó Rosa e do vô Rosalino, ficava na rua Toledo Pizza, nº (não lembro), bairro Magalhães, município de Laguna, estado de Santa Catarina. O terreno era pequeno, mas tinha muita coisa interessante:  um poço, um reservatório de água, o paiol, tanque,bananeira, goiabeira, romãzeira, amoreira, mini hortinha com cebolinha e salsinha, um pequeno jardim. Bem no fundo, do quintal, tinha a famosa "patente". Na parte da frente ficavam uma casa grande, com cores externa em verde e azul, onde moravam meus avós e tios. Ao lado, entre o poço e o muro, tinha a pequena casa de madeira, onde morava minha bisavó Itelvina, mãe do vô Rosalino. Na casa da bisa tinha uma porta, uma janela, uma cama de casal antiga e um fogão a lenha. Já a casa da vó e do vô tinha quatro quartos alguns com camas, outros com tarimbas, guardas roupas, cômodas, A sala tinha sofás, mesas com cadeiras e a cristaleira...nos anos 80 tinha uma televisão. Na cozinha tinha uma mesa comprida com dois bancos, uma geladeira, fogão a lenha, fogão a gás, armário aéreo, rádio. A dispensa tinha um armário e um paneleiro de parede. Na década de 80 foi construído um banheiro próximo à dispensa. Somente, as janelas da cozinha e da dispensa não eram de vidro, eram de madeira e fechadas com tramela. A casa tinha duas portas, a da sala fechada a chave e a da cozinha fechada com tramela. Quando era criança, e visitava a casa dos meus avós esperava a o tio Joaquim, que chegava de bicicleta, as comidas deliciosas da vó Rosa, as histórias do vô Rosalino, a praia com a tia Teresa, as namoradas do tio Zé e os discos do tio Antônio.